CÁLCULO RENAL

A litíase urinária ocorre no mundo todo, com risco durante a vida de 12% em homens e 6% em mulheres. A pedra é apenas a manifestação final de uma doença e assim, o urologista não pode se contentar em apenas remover a pedra. É necessário investigar os motivos da formação da pedra para evitar que o problema se repita.

 

O paciente adulto que formou cálculo de cálcio pela primeira vez, sem história familiar ou história de alteração metabólica tem 50% de chance de formar outro cálculo em 5 a 10 anos.

 

A avaliação metabólica tem 75% de chance de diagnosticar a causa da formação do cálculo urinário e possibilita o tratamento específico, com maior chance de sucesso. Ela é feita de modo ambulatorial por exames de sangue em coleta isolada e por urina colhida durante o dia inteiro.

 

Referências: Curhan GC. Urol Clin North Am. 2007; Chandhoke PS. Urol Clin North Am. 2007; Yagisawa T. J Urol. 1999; Borghi L. J Urol. 1996; Wabner CL. J Urol. 1993; Hess B. Eur Urol. 1999; Borghi L. N Engl J Med. 2002; Taylor EN. Clin J Am Soc Nephrol. 2010;Taylor EN. J Am Soc Nephrol. 2004; Ohkawa M. Br J Urol. 1992; Hofbauer J. Br J Urol. 1994; Ettinger B. J Urol.  1997; Fellstrom B. Br J Urol. 1985; Pak CY. Kidney Int. 1986; Shekarriz B. J Urol. 2002; Ng CS. J Endourol. 1999.

 

Tratamentos minimamente invasivos para cálculos urinários

 

Ureterorrenolitotripsia Flexível

A ureterorrenolitotripsia flexível (URL flexível) é indicada para o tratamento de cálculos renais e ureterais. Essa é uma cirurgia minimamente invasiva, pois utiliza o próprio sistema urinário como acesso até os cálculos, sem a  necessidade de incisões ou cortes. Isso proporciona rápida recuperação e baixa taxa de complicações. A fragmentação dos cálculos é feita com o laser. Esse procedimento é realizado em hospital com tempo de internação em geral < 24 horas.

A massa de cálculos é o fator mais importante para predizer o sucesso de URL flexível, alcançando 90% de sucesso em cálculos de até 2 cm.

 

Referências

Türk C Guideline on Urolithiasis, disponível em:

http://www.uroweb/gls/pdf/Urolithiasis%202010.pdf;

Rippel CA J Urol 2012; Hussain M J Endourol 2011; Huang Z Urology, 2012; Herrera-Gonzalez G J Endourol 2011.

 

 

Nefrolitotripsia Percutânea

A nefrolitotripsia percutânea (NLPC) também é um procedimento minimamente invasivo, utilizando o acesso direto ao rim através de uma incisão na pele de 1 cm. Atualmente é o procedimento de escolha para a remoção de cálculos renais grandes.

 

Referências: Skolarikos A. Eur Urol 2005;Tiselius HG. Eur Urol 2001;Preminger GM. J Urol 2005;Zhu Z. J Endourol 2010; Nadu A. Int Braz J Urol 2009;Valdivia JG. J Endourol 2011.

 

 

Litotripsia Extracorpórea

A litotripsia extracorpórea com ondas de choque (LECO) é um tratamento não invasivo dos  cálculos renais e ureterais desenvolvida no início dos anos 80. Consiste na fragmentação de cálculos por meio de ondas de choques dirigidas ao cálculo a partir de uma fonte de energia externa ao paciente. Esta técnica tem um sucesso de 46% a 91%, com múltiplos procedimentos. Uma desvantagem da LECO é a menor taxa de sucesso quando comparada a ureterorrenolitotripsia flexível ou nefrolitotripsia percutânea.

 

 O paciente que será submetido a LECO precisa fazer um jejum de no mínimo 8 horas, pois é submetido a anestesia geral. O procedimento dura aproximadamente 1 hora e 30 minutos e o paciente vai para casa após um repouso de 2 horas. Deve-se fazer um repouso mínimo de 2 dias após a LECO.

 

Referências: Coz F. J Endourol. 2000; Kanao K. J Urol. 2006; Salem S. Urol Res. 2010.

 

 

 

 

 

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